Um aparelho mágico e revolucionário capaz de mudar para sempre a maneira como consumimos informação. O iPad é a aposta mais ousada que a Apple já lançou no mercado. O produto rapidamente ganhou a mídia e, é claro, caiu no gosto dos consumidores. Em pouco mais de seis meses foram 4,2 milhões de aparelhos vendidos.
Depois de quase um ano do lançamento do produto nos EUA, o iPad finalmente chega às lojas brasileiras a partir do dia 03 de dezembro, em três versões apenas com Wi-Fi e outras três com suporte para Wi-Fi e 3G. É hora de conhecê-lo em detalhes para que você possa colocar ou não o aparelho em sua lista de compras.
Mas quais são as características que fazem do iPad um aparelho sem precedentes? Ele é mesmo revolucionário? O produto entrega tudo aquilo que promete? Analisamos o tablet da Apple de maneira detalhada e apresentamos um resumo com os principais pontos fortes e fracos do aparelho.
Aprovado O que chamou nossa atenção
Design
Leveza e praticidade são palavras perfeitas para descrever o iPad. Com pouco menos de 700 gramas e espessura de 1,34 centímetros, o tablet é sem dúvida uma das melhores opções para se levar para qualquer lugar. Discrição é a palavra-chave para o produto que, em muitos casos, pode ser acomodado em uma bolsa ou pasta com muita facilidade.
Com cantos arredondados o iPad acaba se tornando um item ideal para leitura, seja de livros, revistas ou quadrinhos. A plataforma para games, em especial aqueles desenvolvidos especificamente para o aparelho, surpreende pela ótima utilização da maioria dos recursos disponíveis no aparelho.

Prático, o iPad pode ser utilizado tanto em um carro, acoplado ao painel graças a suportes de velcro (vendidos separadamente), ou no ônibus, graças a sua leveza. Se a primeira versão lançada nos EUA não deixava em nada a desejar nesse quesito, a as modificações contempladas pela versão 4.2 do iOS contribuíram ainda para torná-lo mais eficiente e prático.
Touchscreen
Desde o lançamento do iPhone, um dos aspectos que mais chamaram atenção no aparelho é a qualidade do touchscreen. O sensor de movimento desenvolvido pela Apple impressiona pelo preciso tempo de resposta e pelas múltiplas possibilidades de reconhecimento.
No iPad não é diferente. Com uma tela de 9,7 polegadas, mesmo os movimentos mais longos são perfeitamente reconhecidos pelo aparelho. Toques curtos, toques com dois dedos ou o simples deslizar de uma página da direita para esquerda são todos respondidos de maneira precisa.

Não é necessário forçar os dedos em momento algum e o resultado é um desempenho suave e natural em qualquer uma das tarefas. Algumas ferramentas permitem inclusive que o usuário faça desenhos a mão livre, com precisão tanto para traços quanto para o preenchimento.
O movimento de pinça, que permite ampliar e diminuir áreas de textos e imagem, também responde com agilidade ao comando do usuário. Em se tratando de touchscreen, o iPad é uma garantia de que o usuário não vai se irritar ou passar raiva com a falta de respostas precisas aos seus movimentos.
Perfeito para leitura
Talvez uma das maiores revoluções provocadas pelo iPad diga respeito à leitura. Mais do que se comportar como um excelente reader, o aparelho faz com que até mesmo uma nova linguagem e um novo jeito de criar conteúdo para leitura sejam necessários para melhor conforto do usuário.
A iluminação da tela, em qualquer uma de suas intensidades, não é cansativa para a visão. Além disso, o formato e o peso do aparelho sugerem que ele se comporte como um grande livro virtual. E o conteúdo acompanha o nível de qualidade.

Além de livros com pequenas animações entre uma página e outra, são as revistas e as histórias em quadrinhos os grandes diferenciais da “programação” do seu tablet. As boas publicações usam e abusam das imagens em movimento.
Um ótimo exemplo é o app Marvel Comics. A maneira como a tela se desloca, automaticamente, de um quadro para outro sugere uma espécie de transição de slides, criando um novo jeito de se ler quadrinhos.
Jogos com ótima qualidade gráfica. E viciantes!
O iPad não foi concebido como uma plataforma exclusiva para jogos. Porém, com ele em mãos, prepare-se, pois essa será uma das funções com a qual você vai despender mais tempo. A qualidade gráfica de alguns jogos adaptados para o aparelho surpreende.
Títulos como Street Fighter IV ou Resident Evil 4 se comportam visualmente de maneira agradável. A jogabilidade, nesses casos, não é tão fluída como nos consoles, mas não é nada que comprometa o desempenho do usuário. Porém, a grande atração fica por conta dos jogos feitos para o iPad e que exploram ao máximo seus recursos.

Apps como FlightCtrl HD, Fruit Ninja ou Angry Birds e Labirynth 2 são grandes exemplos da utilização inteligente do touchscreen e do acelerômetro. O iPad é compatível ainda com apps de iPhone e iPodTouch. Elas podem ser executadas em tamanho original (centralizadas na tela) ou em tamanho adaptado. Algumas adaptações são bem-sucedidas, outras nem tanto, mas no geral todas elas se comportam muito bem no novo formato.
Duração da bateria
Ir a qualquer lugar sem se preocupar se a bateria vai acabar no meio do caminho. Um dos pontos altos do iPad é a duração de sua bateria. Em standby o aparelho pode passar dias ligado sem que a descarga seja completa.
Já em funcionamento, em nossos testes, foram necessárias 11 horas para que a bateria saísse de 100% até se esgotar por completo. O tempo de duração é mais do que o dobro dos principais notebooks e netbooks do mercado.

Esse tempo pode ser ainda maior caso o seu foco seja apenas a leitura ou música. Aplicativos como games ou mesmo a execução de vídeos consomem mais bateria. No entanto, independente da sua escolha, é inegável que uma duração média de 11 horas é algo extremamente bem-vindo.
Teclado em PT-BR
Um dos principais atrativos para o público brasileiro com o lançamento da versão 4.2 do iOS é a disponibilidade do teclado em PT-BR e a consequente autocorreção nos principais termos digitados. Assim, se antes digitar textos em português era uma tarefa ingrata, devido ao não reconhecimento de palavras, a situação agora se normaliza e o produto que chega às lojas brasileiras se mostra competente nesse aspecto.
A tecla “desfazer” ganha maior destaque no teclado virtual. Caso você tenha dúvidas a respeito da grafia de uma palavra, basta clicar sobre ela. O sistema automaticamente lhe mostrarão algumas opções de correção, bastando clicar sobre ela para escolhê-la.

Um grande empecilho para quem digita textos mais longos é a utilização de acentos e caracteres especiais. Na maioria dos casos é preciso pressionar a letra em questão para que surjam outras opções relacionadas a ela. Esse incômodo é minimizado graças à nova autocorreção, que automatiza o reconhecimento da palavra na grafia correta.
iPad Folders
A organização de aplicativos era considerada um problema para muitos usuários na primeira versão do iPad. Por não ter propriamente uma Área de trabalho, o usuário não tinha a liberdade para arrastar os ícones de um lado para outro como bem entendesse.

Essa desorganização foi sanada com o iOS 4.2. O aparelho que chega às lojas brasileiras possui o recurso de pastas para organização. Ou seja, basta criar uma pasta e arrastar os aplicativos para dentro dela. O resultado é uma interface de trabalho muito mais limpa e de acesso rápido.
Multitarefa
Desde o lançamento das primeiras versões do iPhone e do iPod Touch, um dos elementos que mais geravam reclamações por parte dos usuários era a ausência de multitarefa. Assim, se durante um jogo você precisasse atender a uma ligação, o que você estava fazendo era perdido.

A solução chegou ao iPhone 4, felizmente, não demorou em que o iPad passasse a adotá-la. O iOS 4.2 suporta execução de aplicativos multitarefa e permite que você transite entre um e outro com muita facilidade, bastando para isso dar um duplo clique no botão principal.
Uma pequena aba é aberta no rodapé da tela e lista todos os aplicativos em execução. Para acessar qualquer um deles, basta clicar sobre. Já para encerrar, mantenha-o pressionado até surgir um sinal de encerramento sobre o ícone do app em questão.
Reprovado Do que esperávamos mais
Ausência de webcam
Assim como a primeira versão do iPhone e do iPod Touch chegaram ao mercado sem câmera fotográfica ou webcam, o iPad segue a mesma linha. Obviamente ninguém sairia por aí com um tablet em mãos para fotografar qualquer coisa que seja.
No entanto, a ausência de uma webcam se torna um ponto negativo na medida em que existem diversos apps disponíveis que utilizam recursos de captação de imagem como benefício ao usuário. Um exemplo disso são os mensageiros, que acabam limitados às opções de texto e áudio.

O problema certamente será resolvido na próxima geração de iPads, mas convenhamos: nada justifica o fato de o aparelho não possuir uma, por mais simples que ela pudesse ser.
Marcas na tela em excesso
Se todo o acesso é feito via toques na tela, é natural que ela deixe marcas da oleosidade dos seus dedos. No caso do iPad as marcas são excessivas e chegam até mesmo a saltar aos olhos quando o aparelho exibe uma imagem com fundo escuro.
Existem flanelas especiais para a limpeza que minimizam o problema, mas ainda assim esse é um aspecto que deixa a desejar. Ao assistir a um filme, por exemplo, entre uma sequência e outra quando surge uma tela escura é impossível deixar de notar as marcas digitais presentes na tela.

Além disso, as marcas se tornam perceptíveis de acordo com o reflexo de luz no ambiente. Raramente elas vão ser incômodas a ponto de prejudicar a sua navegação, leitura ou game. Mas para os mais detalhistas, certamente esse é um ponto que não passará despercebido.
Tempo excessivo para recarga completa de bateria
Se por um lado o fato de a bateria durar mais do que dez horas mesmo com o aparelho em funcionamento constante é um excelente ponto positivo, por outro o processo de recarga, caso você goste de deixá-lo sempre com a bateria cheia, pode desapontá-lo.
Em nossos testes foram necessárias nada menos do que sete horas para que a bateria fosse recarregada de um nível próximo a 5% até a marca de 100%. Esse processo foi feito utilizando-se o cabo USB conectado a um computador.

Caso você utilize o carregador que acompanha o produto, o tempo de recarga é um pouco menor, já que o tablet recebe mais energia. Na prática isso significa que se você estiver em viagem, um dia longe de tomadas e computadores pode matar a sua bateria e fazer com que você dependa ou de levar o carregador consigo ou ter acesso a outro computador.
O desempenho de recarga é inferior se comparado ao de qualquer outro notebook ou netbook. No entanto, o tempo de duração da bateria é significativamente maior. Um ponto positivo que vem acompanhado de outro negativo.
Vale a pena? O que nós achamos
Ele pode até não ser tão revolucionário como muitos propagam, mas não há dúvidas que o iPad é um computador a ser considerado na hora da compra de um portátil. O produto é ideal para quem está em busca de um reader para livros ou quer contar com jornais, revistas e quadrinhos sempre atualizados.
O design e o peso são outros aspectos que fazem qualquer um ser seduzido com muita facilidade por ele. A maneira intuitiva com que ele pode ser utilizado é o que mais chama atenção. Mesmo pessoas leigas ou com pouca prática em informática podem acessar aplicativos e utilizar o aparelho sem muito esforço.
A bateria é de longa duração. Você poderá levá-lo tranquilamente para o trabalho e utilizá-lo ao longo do dia com a certeza de que ao chegar à noite em casa a bateria não terá acabado. Outro ponto alto é a enorme disponibilidade de apps. Como é compatível com a maioria dos aplicativos para iPhone e iPod Touch, é praticamente impossível não encontrar uma opção, gratuita ou paga, que lhe agrade.

Mesmo a ausência de uma webcam ou falta de um teclado com configuração em PT-BR que dificulta a digitação em textos mais longos, são pontos negativos insuficientes para desqualificar o aparelho como uma excelente opção de compra.
Alguns desse pontos negativos devem ser solucionados em breve com a atualização do sistema operacional para a versão 4, que trará suporte para recursos multitarefa. Rumores apontam que, assim como o iPhone, o iPad deve ganhar uma versão com tela retina, câmera e o recurso facetime.
Com perfil ideal para usuários que desejam consumir conteúdo, embora também seja possível produzir de maneira satisfatória com ele, o tablet é sem dúvida um dos coputadores mais interessantes desta geração. Se um iPad cabe dentro do seu orçamento, não pense duas vezes: vale a pena adquirir.
Fonte: Baixaki
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